Com a intenção de evitar multas, alguns motoristas adotam a prática de aplicar dispositivos anti-radar em seus veículos. No entanto, essa questão é bastante polêmica, visto que nem todos concordam com essa atitude. Mas o que a lei diz sobre isso?
Para responder essa e outras dúvidas sobre o tema, a Carpivara decidiu escrever este texto, no qual você vai saber o que é dispositivo anti-radar, para que serve e se é permitido.
Além disso, você vai descobrir o que está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a respeito dessa prática. Essa informação é importante, pois, na hora de fazer uma consulta veicular, o ideal é que o veículo esteja livre de multas.
Por isso, leia este artigo até o final. Boa leitura!
Afinal, o que é o anti-radar?
O dispositivo anti-radar, ou adesivo anti-radar, é um acessório eletrônico que consegue captar ondas de rádio lançadas pelos radares.
Com isso, o veículo consegue perceber as ondas emitidas pelos radares de velocidade, bem como pelas viaturas da polícia e ambulâncias.
O objetivo de quem aplica o anti-radar no automóvel é evitar multas por excesso de velocidade. Desse modo, o motorista tenta reduzir as chances de ser surpreendido com a chegada de uma multa de velocidade em sua casa.
Mais adiante, vamos falar o que a lei prevê sobre essa prática. Porém, antes disso, vamos explicar como funciona esse dispositivo.
Como funciona o dispositivo anti-radar?
Os condutores que usam o adesivo anti-radar costumam aplicá-lo sobre alguns caracteres da placa do veículo, de modo a mudar sua identificação.
Quer um exemplo? É possível alterar um número 6 por um 8, usando o adesivo. Com isso, a alteração da placa “engana” o radar. Mas como?
Isso acontece porque o dispositivo possui um revestimento que reflete a luz infravermelha que os radares mais atuais emitem.
Essa luz é emitida em dias de baixa luminosidade e durante a noite. Dessa forma, vale destacar que, durante o dia, o dispositivo anti-radar não tem nenhum efeito.
Como você pode perceber, essa é uma atitude que visa burlar o radar de velocidade. Logo, podemos concluir que não é legalizada. Sobre isso, leia mais a seguir.
Usar anti-radar é crime?
Ainda que a lei proíba a utilização de dispositivos anti-radar, é importante mencionar que a ação não se enquadra como crime de trânsito. No entanto, isso não significa que não existam penalidades previstas para quem for flagrado com o equipamento.
Por mais que seja uma prática que contribui para que os condutores excedam a velocidade permitida nas vias, o CTB não considera que o anti-radar deva estar na lista das infrações que geram maiores riscos à vida.
Podemos perceber essa realidade, comparando o uso desse dispositivo com o consumo de álcool pelos condutores. Afinal, dirigir com as capacidades psicomotoras alteradas pelo uso de substâncias psicoativas, como o álcool, é considerado crime pela lei de trânsito.
Enquanto isso, o uso de anti-radar é uma infração, ou seja, uma atitude menos grave, mas que gera perigo e, com isso, deve ser penalizada,
Para saber o que o CTB determina sobre essa prática, leia o próximo tópico.
Mas qual a infração para quem utiliza esse dispositivo?
A infração caracterizada pelo uso de adesivo anti-radar está prevista no art. 203 do Código de Trânsito Brasileiro.
Dessa forma, a lei determina que esse ato é gravíssimo, o que gera um valor de multa mais elevado e a aplicação de mais pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Para entender melhor as consequências dessa infração, vale a pena observar quais são os valores das multas conforme a classificação do ato.
- Infrações leves: multa de R$88,38 e acréscimo de 3 pontos na CNH;
- Infrações médias: multa de R$130,16 e acréscimo de 4 pontos na CNH;
- Infrações graves: multa de R$195,26 e acréscimo de 5 pontos na CNH;
- Infrações gravíssimas: multa de R$293,47 e acréscimo de 7 pontos na CNH.
Com isso, repare que as consequências de usar dispositivo anti-radar são 7 pontos na carteira e uma dívida de quase 300 reais.
No entanto, essas não são as únicas penalidades. O art. 230 prevê, ainda, a apreensão do veículo e, como medida administrativa, a remoção dele para adequações.
Dessa forma, veja que a melhor opção sempre será seguir o que a lei de trânsito estabelece, para evitar receber multas e sofrer as demais penalidades.
Qual o alcance dos radares de velocidade?
De acordo com o que você viu até aqui, fica evidente que a melhor maneira de evitar multas de velocidade é dirigir dentro dos limites das vias. Porém, pode ser valioso compreender como funcionam os equipamentos usados para registrar a velocidade dos veículos.
Assim, resumidamente, vale destacar que os radares que operam por ondas de rádio conseguem um alcance de até 1 quilômetro.
Por sua vez, aparelhos mais modernos, que usam a tecnologia LIDAR, emitem sinais de laser, que possibilitam um alcance de até 2,5 quilômetros.
De toda forma, ambos emitem e recebem sinais sonoros ou luminosos, os quais refletem nos veículos e retornam com uma frequência distinta. Assim, eles registram a velocidade por meio do chamado Efeito Doppler.
Agora que você já sabe o que é anti-radar, puxe a Carpivara
Agora que você já sabe o que é dispositivo anti-radar e os motivos pelos quais é melhor não usá-lo, é importante saber como constatar se um veículo está com tudo em dia.
Por exemplo, o histórico de multas é fundamental para evitar dores de cabeça após negociar um veículo semi-novo ou usado.
Para isso, puxe a Carpivara, um sistema de consulta veicular, por meio do qual você verifica as informações do automóvel que deseja comprar.
E o melhor é que descobrir a procedência do veículo é grátis no nosso sistema de consulta. Depois disso, se quiser informações mais detalhadas, você escolhe o serviço que melhor atende à sua necessidade e com o preço que caiba no seu bolso.
Se este artigo te ajudou, que tal continuar aprendendo sobre as leis de trânsito brasileiras? Então, confira outras publicações do Blog da Carpivara.